Tecnologia EBM aproxima impressão 3D da ficção científica

[:pb]Pensar o futuro da impressão 3D através da tecnologia de fusão por feixe de elétrons — Electron Beam Melting ou EBM — parece coisa de ficção científica. Afinal, essa é uma tecnologia capaz de criar, por exemplo, implantes ortopédicos fidelidade impressionante a partir de um pó de Ti6Al4V, popularmente conhecido como liga de titânio. Todos em larga produção industrial desde 2006, quando foram firmados os primeiros acordos para a criação de implantes deste tipo, e que até hoje já renderam mais de 50 mil “acetabular cups” criados a partir da tecnologia EBM.  

Patrik Ohldin, Gerente de Vendas e Marketing da Arcam para América do Sul e Europa Central, detentora da tecnologia EBM no mundo, acompanha a evolução desse mercado desde 2004. Patrik estará presente em uma mesa redonda no Inside 3D Printing São Paulo sobre impressão em metal. O evento acontecerá entre os dias 4 e 5 de abril de 2016, e leitores 3DPrinting tem 10% de desconto no valor do ingresso para a conferência. Além da mesa redonda, Patrik apresentará uma palestra sobre a manufatura aditiva no contexto dos implantes ortopédicos. O tipo de uso da tecnologia EBM, contudo, não se restringe apenas aos implantes, conforme nos conta Patrik nesta breve entrevista ao 3DPrinting:

3DP: Há algo realmente fantástico sobre a tecnologia de fusão por feixe de elétrons (Electron Beam Melting) em termos de processo e da forma como é concebida. Na verdade, dois pontos principais na indústria de impressão 3D. Então, qual seria o “gap” que essa tecnologia preenche na indústria da Manufatura Aditiva?

 

Patrik Ohldin: O gap certamente não é o mesmo para todos os nossos clientes. Para os fabricantes de implantes é principalmente a capacidade de imprimir estruturas trabeculares e, dessa forma, economizar custos. No setor aeroespacial é mais multifacetada, por exemplo, pela capacidade de produzir peças em materiais que são mais difíceis/caros com métodos convencionais (por exemplo, lâminas de turbina TiAl). Mas é também a capacidade de produzir sem ferramentas, com geometrias otimizadas e com menos desperdício de material.


3DP: Em termos de biocompatibilidade, é impossível não falar sobre implantes sem pensar na aceitação pelo corpo humano. Considerando a eficiência da reciclagem das estruturas trabeculares, como é possível reciclá-las uma vez que eles são implantadas no corpo? O método EBM reduz o risco de não-aceitação, em comparação com outras tecnologias similares utilizadas até agora?

 

Patrik Ohldin: Os implantes fabricados pela tecnologia EBM podem ser removidos da mesma forma que os implantes fabricados convencionalmente. Na verdade, implantes de EBM podem até mesmo aumentar a estabilidade primária dos implantes, como mostra nosso cliente Lima:



3DP: Podemos dizer que o Trabecular Titanium é a “possível cura”, ou pelo menos pode fornecer alívio enorme para pacientes com osteoporose (e outras relacionadas com os ossos)? Quantas outras doenças podem se beneficiar do uso do Trabecular Titanium?

Patrik Ohldin: Eu não diria que o Trabecular Titanium é “a cura”, mas conforme mostra o vídeo (acima) pode ajudar os pacientes a se recuperarem muito mais rápido.

3DP: Você poderia antecipar um pouco do que pretende apresentar em sua palestra no Inside 3D Printing São Paulo?

Patrik Ohldin: O título da palestra será “Manufatura Aditiva de Implantes – A Rota para a Produção”. Vou descrever nossa viagem desde as primeiras reuniões com os fabricantes, em 2006, até hoje, com mais de 50.000 produtos implantados (aprovados e certificados pela FDA).

3DP: Como é o mercado de tecnologia EBM? Você acha que pode se tornar acessível para o mercado B2C também no futuro? Ou se manterá como um mercado B2B?

Patrik Ohldin: Acredito que se manterá como um mercado B2B.

3DP: A Arcam possui clientes no Brasil? Vocês pretendem explorar o mercado brasileiro?

Vendemos duas máquinas para o Brasil, uma para a FACTI e outra para a ProInd.

3DP: O que você acha da aplicação da tecnologia EBM em impressoras open source?

Não tenho opinião formada a respeito.

3DP: Você acha que a tecnologia EMB pode baratear no futuro, de forma a se tornar acessível a pequenos negócios?

Já possuímos clientes com apenas alguns empregados. O tipo de negócio importa mais que o tamanho da empresa. Isto posto, trabalhamos incansavelmente para tornar a tecnologia EBM cada vez mais efetiva, em termos de custo-benefício.  

3DP: A tecnologia EBM requer algum tipo de pós-processamento?

Sim, normalmente usinagem.

3DP: O Electron Beam Melting possui variantes como outras tecnologias de impressão 3D? Alguns exemplos: a FDM possui impressoras premium com múltiplos extrusores, a SLA possui variantes rápidas que usam DLP ao invés de um feixe guiado, e as máquinas de esportes da DMLS necessitam de ligas especiais com níquel e bronze e outras mais resistentes que possam trabalhar com aço puro.

A tecnologia EBM está disponível atualmente como 3 diferentes sistemas: Arcam Q10, Arcam Q20 e Arcam A2X.
O Arcam Q10 é projetado para fabricação de implante em titanium.
O Arcam Q20 é projetado para a manufatura aeroespacial em titanium.
O Arcam A2X, além do titânio, é projetado para imprimir materiais a altíssimas temperaturas.

3DP: Qual o custo médio de materiais e pós processamento no processo de impressão EBM por grama com o material mais usado?

O custo do pó Ti6Al4V fornecido pela Arcam é de 166 euros/kg.

3DP: Quais seriam as principais aplicações da tecnologia EBM na indústria, especialmente quando comparada a outros métodos de impressão 3D?

Implantes ortopédicos e componentes aeroespaciais.
[:en]Pensar o futuro da impressão 3D através da tecnologia de fusão por feixe de elétrons — Electron Beam Melting ou EBM — parece coisa de ficção científica. Afinal, essa é uma tecnologia capaz de criar, por exemplo, implantes ortopédicos fidelidade impressionante a partir de um pó de Ti6Al4V, popularmente conhecido como liga de titânio. Todos em larga produção industrial desde 2006, quando foram firmados os primeiros acordos para a criação de implantes deste tipo, e que até hoje já renderam mais de 50 mil “acetabular cups” criados a partir da tecnologia EBM.  

Patrik Ohldin, Gerente de Vendas e Marketing da Arcam para América do Sul e Europa Central, detentora da tecnologia EBM no mundo, acompanha a evolução desse mercado desde 2004. Patrik estará presente em uma mesa redonda no Inside 3D Printing São Paulo sobre impressão em metal. O evento acontecerá entre os dias 4 e 5 de abril de 2016, e leitores 3DPrinting tem 10% de desconto no valor do ingresso para a conferência. Além da mesa redonda, Patrik apresentará uma palestra sobre a manufatura aditiva no contexto dos implantes ortopédicos. O tipo de uso da tecnologia EBM, contudo, não se restringe apenas aos implantes, conforme nos conta Patrik nesta breve entrevista ao 3DPrinting:

3DP: Há algo realmente fantástico sobre a tecnologia de fusão por feixe de elétrons (Electron Beam Melting) em termos de processo e da forma como é concebida. Na verdade, dois pontos principais na indústria de impressão 3D. Então, qual seria o “gap” que essa tecnologia preenche na indústria da Manufatura Aditiva?

 

Patrik Ohldin: O gap certamente não é o mesmo para todos os nossos clientes. Para os fabricantes de implantes é principalmente a capacidade de imprimir estruturas trabeculares e, dessa forma, economizar custos. No setor aeroespacial é mais multifacetada, por exemplo, pela capacidade de produzir peças em materiais que são mais difíceis/caros com métodos convencionais (por exemplo, lâminas de turbina TiAl). Mas é também a capacidade de produzir sem ferramentas, com geometrias otimizadas e com menos desperdício de material.


3DP: Em termos de biocompatibilidade, é impossível não falar sobre implantes sem pensar na aceitação pelo corpo humano. Considerando a eficiência da reciclagem das estruturas trabeculares, como é possível reciclá-las uma vez que eles são implantadas no corpo? O método EBM reduz o risco de não-aceitação, em comparação com outras tecnologias similares utilizadas até agora?

 

Patrik Ohldin: Os implantes fabricados pela tecnologia EBM podem ser removidos da mesma forma que os implantes fabricados convencionalmente. Na verdade, implantes de EBM podem até mesmo aumentar a estabilidade primária dos implantes, como mostra nosso cliente Lima:



3DP: Podemos dizer que o Trabecular Titanium é a “possível cura”, ou pelo menos pode fornecer alívio enorme para pacientes com osteoporose (e outras relacionadas com os ossos)? Quantas outras doenças podem se beneficiar do uso do Trabecular Titanium?

Patrik Ohldin: Eu não diria que o Trabecular Titanium é “a cura”, mas conforme mostra o vídeo (acima) pode ajudar os pacientes a se recuperarem muito mais rápido.

3DP: Você poderia antecipar um pouco do que pretende apresentar em sua palestra no Inside 3D Printing São Paulo?

Patrik Ohldin: O título da palestra será “Manufatura Aditiva de Implantes – A Rota para a Produção”. Vou descrever nossa viagem desde as primeiras reuniões com os fabricantes, em 2006, até hoje, com mais de 50.000 produtos implantados (aprovados e certificados pela FDA).

3DP: Como é o mercado de tecnologia EBM? Você acha que pode se tornar acessível para o mercado B2C também no futuro? Ou se manterá como um mercado B2B?

Patrik Ohldin: Acredito que se manterá como um mercado B2B.

3DP: A Arcam possui clientes no Brasil? Vocês pretendem explorar o mercado brasileiro?

Vendemos duas máquinas para o Brasil, uma para a FACTI e outra para a ProInd.

3DP: O que você acha da aplicação da tecnologia EBM em impressoras open source?

Não tenho opinião formada a respeito.

3DP: Você acha que a tecnologia EMB pode baratear no futuro, de forma a se tornar acessível a pequenos negócios?

Já possuímos clientes com apenas alguns empregados. O tipo de negócio importa mais que o tamanho da empresa. Isto posto, trabalhamos incansavelmente para tornar a tecnologia EBM cada vez mais efetiva, em termos de custo-benefício.  

3DP: A tecnologia EBM requer algum tipo de pós-processamento?

Sim, normalmente usinagem.

3DP: O Electron Beam Melting possui variantes como outras tecnologias de impressão 3D? Alguns exemplos: a FDM possui impressoras premium com múltiplos extrusores, a SLA possui variantes rápidas que usam DLP ao invés de um feixe guiado, e as máquinas de esportes da DMLS necessitam de ligas especiais com níquel e bronze e outras mais resistentes que possam trabalhar com aço puro.

A tecnologia EBM está disponível atualmente como 3 diferentes sistemas: Arcam Q10, Arcam Q20 e Arcam A2X.
O Arcam Q10 é projetado para fabricação de implante em titanium.
O Arcam Q20 é projetado para a manufatura aeroespacial em titanium.
O Arcam A2X, além do titânio, é projetado para imprimir materiais a altíssimas temperaturas.

3DP: Qual o custo médio de materiais e pós processamento no processo de impressão EBM por grama com o material mais usado?

O custo do pó Ti6Al4V fornecido pela Arcam é de 166 euros/kg.

3DP: Quais seriam as principais aplicações da tecnologia EBM na indústria, especialmente quando comparada a outros métodos de impressão 3D?

Implantes ortopédicos e componentes aeroespaciais.
[:es]Pensar o futuro da impressão 3D através da tecnologia de fusão por feixe de elétrons — Electron Beam Melting ou EBM — parece coisa de ficção científica. Afinal, essa é uma tecnologia capaz de criar, por exemplo, implantes ortopédicos fidelidade impressionante a partir de um pó de Ti6Al4V, popularmente conhecido como liga de titânio. Todos em larga produção industrial desde 2006, quando foram firmados os primeiros acordos para a criação de implantes deste tipo, e que até hoje já renderam mais de 50 mil “acetabular cups” criados a partir da tecnologia EBM.  

Patrik Ohldin, Gerente de Vendas e Marketing da Arcam para América do Sul e Europa Central, detentora da tecnologia EBM no mundo, acompanha a evolução desse mercado desde 2004. Patrik estará presente em uma mesa redonda no Inside 3D Printing São Paulo sobre impressão em metal. O evento acontecerá entre os dias 4 e 5 de abril de 2016, e leitores 3DPrinting tem 10% de desconto no valor do ingresso para a conferência. Além da mesa redonda, Patrik apresentará uma palestra sobre a manufatura aditiva no contexto dos implantes ortopédicos. O tipo de uso da tecnologia EBM, contudo, não se restringe apenas aos implantes, conforme nos conta Patrik nesta breve entrevista ao 3DPrinting:

3DP: Há algo realmente fantástico sobre a tecnologia de fusão por feixe de elétrons (Electron Beam Melting) em termos de processo e da forma como é concebida. Na verdade, dois pontos principais na indústria de impressão 3D. Então, qual seria o “gap” que essa tecnologia preenche na indústria da Manufatura Aditiva?

 

Patrik Ohldin: O gap certamente não é o mesmo para todos os nossos clientes. Para os fabricantes de implantes é principalmente a capacidade de imprimir estruturas trabeculares e, dessa forma, economizar custos. No setor aeroespacial é mais multifacetada, por exemplo, pela capacidade de produzir peças em materiais que são mais difíceis/caros com métodos convencionais (por exemplo, lâminas de turbina TiAl). Mas é também a capacidade de produzir sem ferramentas, com geometrias otimizadas e com menos desperdício de material.


3DP: Em termos de biocompatibilidade, é impossível não falar sobre implantes sem pensar na aceitação pelo corpo humano. Considerando a eficiência da reciclagem das estruturas trabeculares, como é possível reciclá-las uma vez que eles são implantadas no corpo? O método EBM reduz o risco de não-aceitação, em comparação com outras tecnologias similares utilizadas até agora?

 

Patrik Ohldin: Os implantes fabricados pela tecnologia EBM podem ser removidos da mesma forma que os implantes fabricados convencionalmente. Na verdade, implantes de EBM podem até mesmo aumentar a estabilidade primária dos implantes, como mostra nosso cliente Lima:



3DP: Podemos dizer que o Trabecular Titanium é a “possível cura”, ou pelo menos pode fornecer alívio enorme para pacientes com osteoporose (e outras relacionadas com os ossos)? Quantas outras doenças podem se beneficiar do uso do Trabecular Titanium?

Patrik Ohldin: Eu não diria que o Trabecular Titanium é “a cura”, mas conforme mostra o vídeo (acima) pode ajudar os pacientes a se recuperarem muito mais rápido.

3DP: Você poderia antecipar um pouco do que pretende apresentar em sua palestra no Inside 3D Printing São Paulo?

Patrik Ohldin: O título da palestra será “Manufatura Aditiva de Implantes – A Rota para a Produção”. Vou descrever nossa viagem desde as primeiras reuniões com os fabricantes, em 2006, até hoje, com mais de 50.000 produtos implantados (aprovados e certificados pela FDA).

3DP: Como é o mercado de tecnologia EBM? Você acha que pode se tornar acessível para o mercado B2C também no futuro? Ou se manterá como um mercado B2B?

Patrik Ohldin: Acredito que se manterá como um mercado B2B.

3DP: A Arcam possui clientes no Brasil? Vocês pretendem explorar o mercado brasileiro?

Vendemos duas máquinas para o Brasil, uma para a FACTI e outra para a ProInd.

3DP: O que você acha da aplicação da tecnologia EBM em impressoras open source?

Não tenho opinião formada a respeito.

3DP: Você acha que a tecnologia EMB pode baratear no futuro, de forma a se tornar acessível a pequenos negócios?

Já possuímos clientes com apenas alguns empregados. O tipo de negócio importa mais que o tamanho da empresa. Isto posto, trabalhamos incansavelmente para tornar a tecnologia EBM cada vez mais efetiva, em termos de custo-benefício.  

3DP: A tecnologia EBM requer algum tipo de pós-processamento?

Sim, normalmente usinagem.

3DP: O Electron Beam Melting possui variantes como outras tecnologias de impressão 3D? Alguns exemplos: a FDM possui impressoras premium com múltiplos extrusores, a SLA possui variantes rápidas que usam DLP ao invés de um feixe guiado, e as máquinas de esportes da DMLS necessitam de ligas especiais com níquel e bronze e outras mais resistentes que possam trabalhar com aço puro.

A tecnologia EBM está disponível atualmente como 3 diferentes sistemas: Arcam Q10, Arcam Q20 e Arcam A2X.
O Arcam Q10 é projetado para fabricação de implante em titanium.
O Arcam Q20 é projetado para a manufatura aeroespacial em titanium.
O Arcam A2X, além do titânio, é projetado para imprimir materiais a altíssimas temperaturas.

3DP: Qual o custo médio de materiais e pós processamento no processo de impressão EBM por grama com o material mais usado?

O custo do pó Ti6Al4V fornecido pela Arcam é de 166 euros/kg.

3DP: Quais seriam as principais aplicações da tecnologia EBM na indústria, especialmente quando comparada a outros métodos de impressão 3D?

Implantes ortopédicos e componentes aeroespaciais.
[:]

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *